relógio e tabela com os prazos que demoram a ação trabalhista no brasil

Descubra ação trabalhista quanto tempo demora: entenda prazos e etapas

Descubra ação trabalhista quanto tempo demora: entenda prazos e etapas

Se a pergunta é “ação trabalhista quanto tempo demora?”, a resposta mais honesta é: não há um prazo cravado na pedra, e essa jornada raramente é curta. O processo pode levar de alguns meses a vários anos, tudo vai depender de fatores como a complexidade do caso e a necessidade de recursos.

Pense no processo como uma viagem com várias paradas obrigatórias, e cada uma delas tem seu próprio tempo de espera.

Afinal, quanto tempo uma ação trabalhista realmente demora?

Entender quanto tempo um processo trabalhista pode levar é o primeiro passo para controlar a ansiedade e alinhar as expectativas. Embora a gente sempre queira uma solução para ontem, a realidade do nosso sistema judiciário é outra, envolvendo múltiplas fases que, somadas, estendem bastante a espera pelo seu direito.

A jornada começa quando seu advogado entra com a petição inicial, mas o relógio mesmo só começa a girar quando consideramos todas as etapas que vêm depois. Cada processo é único. A necessidade de provas mais complexas, perícias e, principalmente, a apresentação de recursos pela empresa pode arrastar a discussão para outras instâncias e, claro, atrasar o resultado final.

A linha do tempo realista de um processo

Para ter uma visão mais clara, podemos dividir o processo em três grandes momentos: a decisão na primeira instância, a fase de recursos e, por fim, o pagamento.

O infográfico abaixo mostra bem essa jornada, destacando as principais “estações” do seu processo.

Infográfico mostrando o tempo estimado de uma ação trabalhista em suas três fases: 1ª instância, recursos e pagamento.

Como o gráfico deixa claro, a fase de recursos é quase sempre a grande vilã da demora. É ela que transforma uma decisão que poderia sair em meses em um processo que se arrasta por anos até o dinheiro finalmente cair na sua conta.

Para dar uma ideia mais concreta, preparamos uma tabela com estimativas de tempo para cada fase do processo.

Estimativa de tempo por fase do processo trabalhista

A tabela abaixo oferece uma visão geral dos prazos médios para cada etapa de uma ação trabalhista, desde a petição inicial até o pagamento final. Lembre-se que são apenas médias, e o seu caso pode ser mais rápido ou mais lento.

Fase do ProcessoDuração Média Estimada
Petição Inicial até a Audiência2 a 6 meses
Fase de Instrução (Produção de Provas)6 a 12 meses
Sentença (1ª Instância)3 a 8 meses após a instrução
Fase Recursal (TRT e TST)1 a 4 anos
Fase de Execução (Cálculo e Pagamento)1 a 3 anos

Esses números mostram que, embora a primeira decisão possa sair em pouco mais de um ano, são as fases de recurso e pagamento que realmente testam a nossa paciência.

Números que revelam a realidade

Essa sensação de demora não é só impressão, os dados confirmam. O volume de processos na Justiça do Trabalho é simplesmente gigantesco, e isso, claro, afeta o tempo de tramitação de cada caso.

Uma estimativa consolidada mostra que, embora a primeira instância possa até ser rápida em algumas cidades, o tempo total para ter a solução completa — contando os recursos e a fase de pagamento — frequentemente chega a vários anos.

Relatórios oficiais e pesquisas de mercado apontam que o tempo médio entre o início da ação e o recebimento final dos valores pode variar de 3 a 5 anos, principalmente nos casos mais complicados. Isso acontece porque o Tribunal Superior do Trabalho (TST) sozinho lida com um estoque de mais de 1,7 milhão de processos e recebe milhões de novas ações todo ano. É um ciclo que naturalmente se torna longo. Para ter uma ideia melhor sobre esses números, leia a análise completa sobre o recorde de ações trabalhistas.

Portanto, mesmo com a tecnologia e o esforço dos tribunais para agilizar tudo, o trabalhador precisa se preparar para uma jornada que exige paciência e, mais importante, o acompanhamento de um advogado especialista.

Se você tem dúvidas sobre como está o seu caso ou quer uma orientação clara e direta, fale com um de nossos especialistas agora mesmo pelo WhatsApp.

As etapas que definem a jornada do seu processo trabalhista

Para responder à pergunta “ação trabalhista quanto tempo demora?”, primeiro precisamos entender o caminho que o processo percorre. Gosto de pensar nisso como uma viagem de trem: você sabe qual é o destino final (receber seus direitos), mas existem várias estações obrigatórias no trajeto. E o tempo de parada em cada uma delas pode variar bastante.

Mapear essa jornada transforma a incerteza em conhecimento. Você começa a identificar em qual “estação” o seu processo está, o que já foi feito e quais são os próximos passos. Vamos detalhar cada uma dessas etapas, em uma linguagem simples, para você ter total clareza sobre o andamento do seu caso.

Corredor moderno e iluminado com placa 'Etapas do Processo', janelas grandes e portas de madeira

A petição inicial: o ponto de partida

Tudo começa com a petição inicial. Esse é o documento que seu advogado prepara e envia para a Justiça do Trabalho. Pense nela como a “certidão de nascimento” do seu processo.

É nesse documento que toda a sua história é contada: o que aconteceu, quais direitos não foram respeitados e o que você está pedindo (horas extras, verbas rescisórias, dano moral, etc.). É crucial que a petição seja completa e já venha com as provas que você tem em mãos.

Depois de enviada, a empresa é notificada oficialmente de que existe uma ação contra ela. A partir daí, a jornada na justiça começa para valer.

A audiência e a tentativa de conciliação

A primeira grande parada do nosso trem é a audiência. Na Justiça do Trabalho, o acordo é sempre a primeira opção. Por isso, a audiência inicial (ou de conciliação) tem como foco principal tentar resolver tudo de forma amigável.

O juiz vai ouvir as duas partes e tentar mediar um acordo que seja justo para todos. Se vocês chegarem a um consenso, o processo acaba ali mesmo. Ótima notícia, pois acelera muito o recebimento dos seus valores.

Se não rolar acordo, o trem segue para a próxima estação. A empresa vai apresentar sua defesa formal, a chamada contestação, e o juiz vai agendar uma nova audiência, desta vez para ouvir as provas.

A fase de instrução: a hora da verdade

Essa é, sem dúvida, a etapa mais decisiva para o resultado do seu processo. A fase de instrução é o momento em que todas as provas são colocadas na mesa e analisadas. É aqui que você e a empresa terão a chance de provar o que estão dizendo.

Essa fase geralmente inclui:

  • Depoimentos pessoais: O juiz ouvirá a sua versão da história e também a do representante da empresa.
  • Oitiva de testemunhas: Pessoas que podem confirmar o que aconteceu serão ouvidas, tanto as suas quanto as da empresa.
  • Perícias técnicas: Se o caso envolve insalubridade, periculosidade ou doença de trabalho, um perito especialista é chamado para avaliar a situação e criar um laudo técnico.
  • Análise de documentos: Contratos, holerites, cartões de ponto e e-mails são todos examinados em detalhes.

A força das suas provas aqui é o que vai determinar o sucesso da ação.

A sentença: a primeira decisão

Quando a fase de instrução termina, o processo vai para as mãos do juiz. Ele vai analisar tudo o que foi apresentado: depoimentos, documentos, laudos e os argumentos dos advogados. Com base nisso, ele dá a sentença, que é a sua primeira decisão sobre o caso.

A sentença é a resposta oficial da Justiça ao seu pedido. Nela, o juiz decide se seus pedidos foram aceitos (procedentes) ou negados (improcedentes). Se a empresa for condenada, a sentença também define os valores que ela deve pagar.

É uma vitória importante, mas calma. Não quer dizer que o dinheiro vai cair na sua conta no dia seguinte. A empresa ainda pode discordar e recorrer da decisão, levando a briga para uma instância superior.

Recursos e execução: as etapas finais

Se a empresa recorrer, o processo sobe para o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e, em alguns casos, pode chegar até o Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. Essa fase de recursos é, muitas vezes, a grande vilã da demora no processo.

Quando não há mais possibilidade de recurso, a decisão se torna final, o que chamamos de “trânsito em julgado”. Só então começa a fase de execução, que é a etapa final para garantir que a decisão seja cumprida.

Nesse momento, são feitos os cálculos finais do que é devido e a empresa é chamada para pagar. Se ela não pagar por conta própria, a Justiça pode tomar medidas mais duras, como bloquear contas bancárias ou penhorar bens. Apenas quando essa fase termina é que o processo se encerra e você finalmente recebe o que é seu por direito.

Para uma visão mais aprofundada, você pode aprender mais sobre como funciona um processo trabalhista na justiça em nosso guia detalhado. Se tiver qualquer dúvida sobre essas etapas, não hesite em entrar em contato com um especialista pelo WhatsApp.

Fatores que aceleram ou atrasam o seu processo

Pilha de pastas, relógio e texto 'Fatores que Atrasam' em um ambiente de escritório, simbolizando atrasos

Você já reparou como o processo de um colega foi resolvido em poucos meses, enquanto o seu parece se arrastar sem fim? A resposta está nos detalhes de cada caso. A verdade é que a pergunta “ação trabalhista quanto tempo demora” não tem resposta de prateleira, porque cada processo é uma história única, com seus próprios aceleradores e freios.

Entender o que influencia esse tempo é fundamental. Assim, você alinha suas expectativas e consegue ajudar seu advogado a trabalhar de forma mais eficiente. Alguns desses pontos estão no seu controle, mas outros dependem totalmente da máquina do Judiciário.

A complexidade do seu pedido

O ponto de partida é o que você está pedindo na Justiça. Uma ação simples, que busca apenas o pagamento de verbas rescisórias que não foram pagas, com provas claras na mão — como holerites e o contrato de trabalho —, tende a correr bem mais rápido.

Em contrapartida, processos com pedidos mais elaborados, naturalmente, levam mais tempo para desenrolar.

  • Reconhecimento de vínculo empregatício: Provar que uma relação “PJ” era, na verdade, um emprego de carteira assinada, com chefe, horário e tudo mais, exige uma investigação profunda de e-mails, mensagens e testemunhas.
  • Equiparação salarial: Mostrar que você fazia exatamente o mesmo trabalho que um colega, com a mesma qualidade, para justificar um salário igual, demanda uma produção de provas bem minuciosa.
  • Assédio moral ou sexual: Casos de assédio são extremamente delicados e muitas vezes dependem do que as testemunhas contam. Isso pode estender bastante a fase de ouvir as pessoas.

Resumindo: quanto mais complexo for o debate, mais tempo o juiz levará para analisar tudo e tomar uma decisão.

A necessidade de perícias técnicas

Um dos maiores “ladrões de tempo” em um processo é a necessidade de uma perícia. Quando a discussão envolve um assunto técnico que o juiz não domina, ele precisa chamar um especialista de confiança para dar um parecer. Isso é muito comum em pedidos de adicional de insalubridade, periculosidade ou em casos de doença ocupacional e acidente de trabalho.

A perícia, na prática, coloca o processo em “pausa”. O perito precisa agendar uma visita na empresa, analisar documentos, conversar com as pessoas e só depois escrever seu laudo. Todo esse procedimento pode facilmente adicionar de seis meses a mais de um ano no tempo total.

E não para por aí. Depois que o laudo fica pronto, as partes ainda podem discordar, pedir esclarecimentos ou até mesmo solicitar uma nova perícia, o que atrasa ainda mais o andamento.

A qualidade das provas e a disposição para um acordo

A forma como as provas são organizadas faz toda a diferença. Se você e seu advogado juntam desde o início todos os documentos, mensagens e nomes de testemunhas de forma clara, a fase de instrução flui muito melhor. Provas confusas ou fracas só geram mais discussão e tempo perdido.

Outro acelerador poderoso é a disposição para negociar. Se a empresa faz uma proposta razoável e você está aberto a conversar, o processo pode acabar a qualquer momento, economizando anos de espera. Muitas vezes, um bom acordo vale mais do que uma vitória completa depois de uma longa e desgastante batalha judicial.

O volume de processos na sua região

Por fim, existe um fator que está totalmente fora do seu controle: o congestionamento da Vara do Trabalho onde seu processo caiu. Pense bem: um juiz com 5.000 processos na mesa simplesmente não tem como andar na mesma velocidade de outro que cuida de 1.000. Essa realidade muda drasticamente de uma cidade para outra.

Setores com muita rotatividade de funcionários, como serviços e comércio, acabam gerando uma avalanche de ações que sobrecarregam os tribunais. Por exemplo, estatísticas mostram que o setor de serviços foi responsável por 27,9% dos novos casos e que as 100 empresas mais acionadas na justiça respondem por cerca de 13,6% de todas as ações anuais. Isso afeta diretamente o seu prazo.

Uma maneira de tentar fugir um pouco dessa lentidão é optar por caminhos mais modernos. Para entender melhor, leia nosso artigo sobre as vantagens do Juízo 100% Digital, que pode trazer mais agilidade.

O verdadeiro impacto dos recursos na duração do processo

Receber a sentença favorável na primeira instância é um baita alívio, mas, na maioria das vezes, não é o fim da linha. É aqui que entra um dos maiores vilões por trás da pergunta “ação trabalhista quanto tempo demora?”: a fase de recursos. É nesse ponto que a paciência do trabalhador é realmente testada.

Quando uma das partes — quase sempre a empresa — não concorda com a decisão do juiz, ela tem o direito de pedir uma “segunda opinião” para um tribunal superior. Essa é a essência de um recurso. É uma etapa comum e prevista em lei, mas que, sem dúvida, adiciona meses, ou até anos, ao tempo total do processo.

Muitas vezes, essa estratégia de recorrer é usada pelas empresas não só por acreditarem que podem reverter a decisão, mas também como uma tática para adiar o pagamento. Para o trabalhador, isso significa uma espera mais longa e, claro, muito mais frustrante.

Recurso ordinário: a primeira barreira

O primeiro e mais comum dos recursos é o Recurso Ordinário. Quando a empresa perde na primeira instância (na Vara do Trabalho), ela pode apresentar esse recurso ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do seu estado ou região.

Pense no TRT como um grupo de juízes mais experientes, os desembargadores, que vão reanalisar todo o caso. Eles não vão ouvir testemunhas de novo, mas vão pentear todos os documentos, provas e a decisão do primeiro juiz para checar se tudo foi feito direitinho.

Esse processo não é rápido. O volume de casos nos TRTs é gigante, e a análise detalhada de cada processo leva tempo. A tramitação de um Recurso Ordinário pode facilmente adicionar de um a dois anos à duração total da sua ação.

É crucial entender que o recurso não é um “processo novo”, mas sim a continuação do mesmo. O problema é que essa continuação pode ser tão ou mais demorada que a fase inicial inteira, transformando uma vitória rápida em uma longa e cansativa espera.

Recurso de revista: o caminho até brasília

Se a decisão do TRT ainda for ruim para a empresa, ela pode tentar uma última cartada: levar o caso para a instância mais alta da Justiça do Trabalho, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), lá em Brasília. A ferramenta para isso é o Recurso de Revista.

Só que chegar ao TST é bem mais difícil. O Recurso de Revista não serve para ficar discutindo fatos ou provas de novo, como se você fez ou não horas extras. Ele só é aceito em situações muito específicas, como:

  • Violação de lei federal: Quando a decisão do TRT contraria diretamente o que está escrito numa lei federal.
  • Divergência de jurisprudência: Se outros tribunais regionais tomaram decisões diferentes em casos muito parecidos, criando uma confusão jurídica.

A simples tentativa de levar o processo para Brasília, mesmo que o recurso nem seja aceito, já consome um tempo precioso. Se o recurso for aceito, a espera pode aumentar em mais um a três anos, dependendo do caso.

O depósito recursal: uma garantia para você

No meio de tanta espera, existe uma boa notícia: o depósito recursal. Para poder recorrer, a empresa é obrigada por lei a depositar um valor em uma conta judicial ligada ao seu processo. Esse valor é atualizado todo ano.

Esse depósito funciona como uma garantia de que, se a empresa perder de novo, já existe um dinheiro ali para começar a pagar o que você tem direito. Ele não cobre o valor total da dívida, mas ajuda a desanimar recursos sem fundamento e garante uma parte do pagamento.

Se você ganhar a ação no final de tudo, esse dinheiro depositado já é seu. É uma segurança importante que, embora não acelere as coisas, protege parte dos seus direitos financeiros enquanto a batalha judicial continua.

Se a demora com os recursos está gerando dúvidas e você precisa de uma luz sobre os próximos passos, converse com um de nossos advogados especialistas pelo WhatsApp. Estamos prontos para analisar seu caso e trazer a clareza que você precisa.

Ações práticas para colaborar com o andamento do seu processo

Ainda que você não tenha controle sobre o ritmo do judiciário, e a resposta para “quanto tempo demora uma ação trabalhista” muitas vezes fuja do seu alcance, as suas atitudes podem, sim, fazer uma enorme diferença. Agir de forma proativa é como dar ao seu advogado um mapa claro e um carro com tanque cheio: ele consegue percorrer o caminho com muito mais rapidez e segurança.

Pense no seu papel como o de um parceiro estratégico. Ao organizar as provas, facilitar a comunicação e tomar decisões bem pensadas, você tira os obstáculos do caminho e ajuda o processo a fluir de uma forma bem mais ágil.

Organize sua documentação antes de tudo

A etapa mais importante e que está 100% sob seu controle é a preparação dos documentos. Não espere seu advogado pedir. Antecipe-se e junte tudo o que puder antes mesmo da primeira conversa. Um caso bem documentado desde o início economiza um tempo precioso, que seria gasto com idas e vindas para conseguir papéis.

Uma pasta bem organizada é a base de um processo sólido. Cada documento é um tijolo que constrói a sua argumentação na frente do juiz.

Crie uma pasta (pode ser física ou no computador) e separe os seguintes itens:

  • Documentos contratuais: Contrato de trabalho, anotações na carteira de trabalho (CTPS) e o termo de rescisão.
  • Comprovantes de pagamento: Todos os holerites (contracheques), extratos bancários que mostrem o crédito dos salários e comprovantes de férias e 13º.
  • Registros de jornada: Cartões ou folhas de ponto. Se a empresa não fornecia, comece a anotar seus horários diários em uma planilha ou caderno.
  • Comunicações digitais: E-mails, mensagens de WhatsApp ou de outros aplicativos que comprovem ordens, cobranças, promessas não cumpridas ou até situações de assédio.
  • Provas adicionais: Atestados médicos, recibos de despesas que você teve por causa do trabalho, fotos ou vídeos que possam ser importantes para o seu caso.

Escolha testemunhas que realmente agregam valor

Testemunhas são peças-chave, mas não se engane: quantidade não é qualidade. Uma testemunha que não se lembra bem dos fatos ou que se contradiz pode mais atrapalhar do que ajudar. Por isso, a escolha tem que ser estratégica.

Pense em pessoas que viram com os próprios olhos os fatos que você está alegando. Pode ser um colega de setor que via você fazendo horas extras sem receber, ou alguém que presenciou uma situação de assédio. Converse com essas pessoas antes, explique a importância do depoimento delas e veja se elas realmente estão dispostas a colaborar.

Lembre-se: a testemunha ideal é aquela que consegue descrever os fatos com clareza e segurança, sem gaguejar. A credibilidade do que ela diz impacta diretamente o convencimento do juiz sobre o seu direito.

Mantenha uma comunicação clara com seu advogado

Seu advogado é seu maior aliado, e a comunicação transparente é fundamental. Mantenha-o sempre atualizado sobre qualquer novidade, como uma nova proposta de acordo que a empresa fez por fora ou o contato de uma nova testemunha que apareceu.

Do mesmo modo, não tenha vergonha de pedir atualizações sobre o andamento do processo. Um bom profissional vai manter você informado, mas é seu direito perguntar e entender o que está acontecendo. Manter esse canal aberto evita mal-entendidos e garante que vocês dois estejam sempre na mesma página.

Analise propostas de acordo de forma estratégica

É muito comum que a empresa, em algum momento, ofereça um acordo. A decisão de aceitar ou não é 100% sua, mas precisa ser tomada com a cabeça fria, de forma estratégica, e não só na emoção ou na pressa de receber o dinheiro.

Avalie os prós e contras junto com seu advogado:

  • Prós: Receber o dinheiro mais rápido, acabar com o desgaste emocional do processo e ter certeza do valor que vai entrar no seu bolso.
  • Contras: O valor do acordo quase sempre é menor do que o valor total que você poderia ganhar no final do processo.

A pergunta a se fazer é: vale a pena abrir mão de uma parte do valor para ter o dinheiro na mão agora e encerrar essa briga? A resposta depende da sua situação financeira e pessoal. Muitas vezes, um bom acordo pode ser a decisão mais inteligente.

Ao adotar essas ações, você assume um papel ativo na busca pelos seus direitos, ajudando a tornar a jornada judicial o mais ágil possível. Para entender melhor o que acontece após a vitória no processo, leia nosso artigo sobre: Ganhei a ação trabalhista, e agora?. Se precisar de uma orientação personalizada sobre como proceder, fale agora com um especialista em nosso WhatsApp.

Perguntas frequentes sobre o tempo do processo trabalhista

A jornada de uma ação trabalhista pode ser longa e, vamos ser sinceros, cheia de dúvidas. Enquanto a resposta para a pergunta “quanto tempo demora meu processo?” nunca é exata, algumas preocupações aparecem sempre. Para trazer um pouco de clareza (e tranquilidade), separamos as perguntas que mais chegam até nós e respondemos de forma bem direta.

O objetivo aqui é dar respostas rápidas para aliviar aquela ansiedade e ajudar você a entender o que esperar em cada etapa, seja sobre o pagamento, o andamento do processo ou até o impacto disso no seu futuro.

Ganhei o processo, quando vou receber o dinheiro?

Essa é, sem dúvida, a pergunta de ouro. Mas é fundamental entender uma coisa: a sentença favorável é uma vitória gigante, mas ainda não é a linha de chegada. Ganhar o processo não significa que o dinheiro cai na conta no dia seguinte.

Ainda existe um caminho a ser percorrido:

  1. Ainda cabem recursos? A empresa quase sempre recorre da decisão. Como já vimos, isso pode arrastar o processo por mais alguns anos.
  2. “Trânsito em julgado”: O pagamento só pode ser cobrado de verdade quando não existe mais nenhuma possibilidade de recurso. É o que nós, advogados, chamamos de “trânsito em julgado”. É o ponto final da discussão.
  3. A fase da cobrança (execução): Depois que a decisão é definitiva, começam os cálculos para saber exatamente quanto a empresa deve. Aí, ela é intimada a pagar. Se não pagar por bem, a justiça entra em campo com medidas como o bloqueio de contas.

Na prática, mesmo depois de ganhar, essa fase final de execução pode levar de um a três anos para ser concluída. É preciso ter paciência, pois a burocracia para transformar a decisão do juiz em dinheiro na sua conta ainda leva tempo.

Posso acelerar meu processo por motivo de doença?

Sim, em algumas situações bem específicas, é possível pedir tramitação prioritária para o seu processo. A lei entende que pessoas em situação de vulnerabilidade não podem esperar o mesmo tempo que as outras pela justiça.

A prioridade no andamento é um direito, não um favor.

As principais condições que garantem esse direito são:

  • Pessoas com 60 anos ou mais.
  • Portadores de doenças graves listadas em lei, como câncer, cardiopatia grave, Parkinson, esclerose múltipla, HIV/AIDS, entre outras.
  • Pessoas com alguma deficiência, seja física ou mental.

Para conseguir, seu advogado precisa fazer um pedido formal ao juiz, juntando os documentos que provam a condição, como laudos médicos bem detalhados. Se o pedido for aceito, seu processo basicamente “fura a fila” e começa a andar mais rápido que os outros.

Atenção: A prioridade acelera os atos do processo, como marcar audiências e julgamentos. Mas ela não elimina etapas obrigatórias nem os prazos que a outra parte tem para recorrer. Ainda assim, já é uma ajuda e tanto para diminuir o tempo de espera.

O resultado da ação afeta minha aposentadoria no INSS?

Sim, e quase sempre para melhor! Muitas ações trabalhistas buscam reconhecer direitos que têm um impacto direto na sua vida lá na frente, com o INSS. Se o seu processo reconhece um vínculo de emprego que nunca foi assinado na carteira, por exemplo, esse tempo passa a contar para a sua aposentadoria.

Isso pode mudar completamente o seu futuro.

Veja os principais efeitos:

  • Aumenta o tempo de contribuição: Reconhecer um trabalho sem registro ou períodos “esquecidos” pode fazer você alcançar o tempo mínimo para se aposentar bem mais cedo.
  • Melhora o valor do benefício: O pagamento de horas extras, adicional de insalubridade ou comissões pagas “por fora” aumenta sua média salarial. Com a decisão da justiça em mãos, você pode pedir a revisão da sua aposentadoria para incluir esses valores, o que significa um benefício mensal maior.
  • Reconhece atividade especial: Se a ação provar que você trabalhou em condições de risco (insalubridade ou periculosidade), esse tempo pode ter uma contagem especial, adiantando uma aposentadoria especial.

Assim que o processo trabalhista terminar, é importantíssimo levar essa decisão judicial ao INSS para que eles façam esses ajustes. Para entender mais sobre seus direitos previdenciários, vale a pena conferir o canal oficial do INSS no YouTube, que tem muita informação útil.

Fazer um acordo é sempre a melhor opção?

“Sempre” é uma palavra forte. Mas, em muitas situações, o acordo é, sim, o caminho mais inteligente. A decisão de aceitar uma proposta deve ser analisada com calma, junto com seu advogado, colocando na balança o tempo, o dinheiro e o seu desgaste emocional.

Um acordo nada mais é do que um pacto: ambas as partes cedem um pouco para encerrar a briga ali mesmo.

A principal vantagem é a rapidez. Um acordo pode finalizar em poucos dias um processo que se arrastaria por anos. Você garante um valor certo no bolso, sem a incerteza e o estresse de esperar todas as fases do judiciário.

Por outro lado, o valor do acordo costuma ser menor do que a quantia total que você poderia ganhar no final. A pergunta que você precisa se fazer é: o que vale mais? Receber 70% do valor em um mês ou ter a chance de receber 100% daqui a quatro ou cinco anos, correndo o risco de a empresa fechar as portas nesse meio tempo?

Não tem resposta certa ou errada. A melhor escolha depende da sua urgência, da sua situação financeira e da força do seu caso. Um advogado de confiança é a pessoa certa para te mostrar os cenários e ajudar você a tomar a decisão mais estratégica para a sua vida.


A espera por uma ação trabalhista é um desafio, mas estar bem informado é o primeiro passo para atravessar essa fase com mais segurança. Se você ainda tem dúvidas ou precisa de uma análise especializada para o seu caso, a equipe da Sousa Advogados está à disposição. Fale conosco pelo WhatsApp e resolva seu problema sem sair de casa.

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