Como dar entrada no INSS do jeito certo em 2026

Como dar entrada no INSS do jeito certo em 2026

Saber como dar entrada no INSS hoje é bem diferente do que era há alguns anos. O caminho principal, e o que eu sempre recomendo para começar, é a plataforma digital Meu INSS. Pense nela como seu balcão de atendimento particular, acessível a qualquer hora pelo site ou aplicativo no celular.

É por lá que você pode dar o pontapé inicial no seu pedido de aposentadoria, auxílio ou pensão sem sair de casa.

Entendendo os canais para solicitar seu benefício

Quem não se lembra das histórias de filas intermináveis nas agências do INSS? Felizmente, esse cenário ficou para trás. A digitalização dos serviços públicos mudou o jogo, dando mais controle e agilidade para quem precisa de um benefício.

O grande responsável por essa transformação é o Meu INSS. Para usar o portal, o primeiro passo é criar sua conta no sistema Gov.br. Essa conta é a sua identidade digital única para acessar não só o INSS, mas uma infinidade de outros serviços do governo. Portanto, ter esse acesso é o requisito número zero.

O digital como porta de entrada principal

A verdade é que o Meu INSS virou o padrão. A plataforma é tão completa que a maioria dos brasileiros já a utiliza como primeira opção. Entre 2023 e 2025, por exemplo, algo em torno de 60% a 70% de todas as solicitações de benefícios foram feitas por lá. Isso não só facilitou a vida do segurado, como também permitiu que o INSS automatizasse a análise de muitos casos, agilizando as respostas.

A imagem abaixo mostra exatamente o ponto de partida: a tela de login onde você informa seu CPF para acessar com a conta Gov.br.

Pessoa criando conta Gov.Br em um laptop, com um celular na mão, em uma mesa de madeira.

O design é simples e direto, pensado para que qualquer pessoa consiga usar sem dificuldades.

E quando o online não resolve?

Apesar de o digital ser a regra, existem outras portas. A central telefônica 135 ainda é uma ferramenta valiosa, especialmente para tirar dúvidas rápidas, pedir informações sobre o andamento do seu processo ou agendar alguns serviços específicos.

Uma dica importante: o atendimento presencial nas agências ainda existe, mas mudou de foco. Hoje, ele é destinado a casos que realmente não podem ser resolvidos a distância, como a perícia médica, a avaliação social para o BPC/LOAS ou a entrega de documentos originais quando solicitado (o famoso “cumprimento de exigência”). Para quase tudo, o agendamento prévio pelo Meu INSS ou pelo 135 é obrigatório.

Comparativo dos canais de atendimento do INSS

Para deixar mais claro, preparei uma tabela para você comparar os canais e ver qual se encaixa melhor na sua necessidade agora.

Canal de AtendimentoComo FuncionaIdeal Para
Meu INSS (Site/App)Plataforma online completa, disponível 24/7.Fazer o pedido inicial, enviar documentos, acompanhar o andamento, agendar perícias, simular aposentadoria.
Central Telefônica 135Atendimento por telefone, com horário de funcionamento.Tirar dúvidas, obter informações básicas sobre o pedido, realizar agendamentos para serviços presenciais.
Agência da PrevidênciaAtendimento presencial, quase sempre com agendamento.Perícia médica, avaliação social, entrega de documentos originais (cumprimento de exigência) e casos complexos.

Cada canal tem seu propósito, mas a minha recomendação é sempre começar pelo Meu INSS. É o caminho mais rápido e eficiente na maioria das vezes.

Lembre-se: a forma como você prepara seu pedido faz toda a diferença. Um documento esquecido ou um formulário mal preenchido pode causar um atraso de meses. Para não cair nessas armadilhas, confira o nosso guia sobre os 07 maiores erros na hora de pedir benefício no INSS.

Depois de saber por onde começar, chegamos à etapa que pode definir o sucesso ou o fracasso do seu pedido no INSS: a organização dos documentos. Pense no seu requerimento como uma casa em construção; os documentos são os alicerces. Uma base fraca ou incompleta e tudo pode desmoronar.

Um único papel faltando ou uma cópia ilegível é o suficiente para o INSS emitir uma “carta de exigência”. Isso significa que seu processo fica parado, atrasando em meses algo que poderia ser resolvido de forma ágil. Por isso, respire fundo e dê a esta fase a atenção que ela merece.

Mesa com caixas de documentos rotuladas RG, CPF, CTPS e Extrato CNIS, além de celulares e papéis, indicando organização de processos.

O kit básico de documentos para qualquer pedido

Vamos começar com a lista essencial, aquela que serve para praticamente qualquer benefício. São os documentos que formam a sua identidade perante o INSS.

A documentação pessoal é o ponto de partida. Você vai precisar de:

  • Documento de identificação com foto: Seu RG ou a CNH são as melhores opções. O importante é que estejam em bom estado e com uma foto que permita te reconhecer.

  • CPF: Indispensável para qualquer cadastro no governo, não tem como fugir dele.

  • Comprovante de residência: Uma conta de luz, água ou telefone em seu nome, dos últimos três meses, costuma resolver. Se não tiver, uma declaração de residência assinada pode ser uma alternativa.

Esses itens confirmam quem você é e onde mora. Sem eles, o INSS sequer começa a analisar seu histórico de trabalho.

Montando o quebra-cabeça da sua vida profissional

Agora, a lista cresce. O objetivo aqui é juntar as peças que contam a sua história de trabalho e comprovam cada contribuição feita para a Previdência Social.

A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) é a grande estrela. Se você tem aquelas carteiras físicas, azuis, guarde-as como um tesouro. É muito comum que um vínculo de emprego dos anos 80 ou 90 não esteja no sistema do INSS, e a anotação na sua carteira é a prova de ouro que você precisa.

Dica de quem já viu de tudo: Fotografe ou escaneie todas as páginas da sua CTPS, e não apenas as que têm registros. As páginas em branco, a da foto e a de qualificação civil são cruciais para provar a autenticidade do documento numa análise mais rigorosa.

Outros documentos que dão peso ao seu pedido incluem:

  • Carnês de contribuição (GPS): Para quem já contribuiu como autônomo ou facultativo, os comprovantes de pagamento das Guias da Previdência Social são a sua garantia.

  • Contratos de trabalho: Especialmente para períodos muito antigos, o contrato pode ser a única forma de provar um vínculo que “sumiu” do sistema.

  • Extrato do FGTS: Ele ajuda a confirmar as datas de início e fim de um emprego, servindo como uma excelente prova complementar.

Essa organização prévia faz uma diferença brutal. Hoje, com o Meu INSS concentrando mais de 70% das solicitações, enviar esses documentos digitalizados virou a regra. Isso poupa tempo e evita carregar pilhas de papel até uma agência. A mudança para o digital transformou o atendimento, como mostram os dados sobre o impacto dessa transição.

Documentos específicos: cada benefício tem sua exigência

Além do kit básico, cada benefício tem suas próprias regras e exige provas específicas. A lógica é simples: se você pede um benefício por estar doente, precisa provar a doença. Se pede uma pensão, precisa provar o óbito e o seu parentesco com quem faleceu.


  • Para Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença): Laudos, exames, atestados e receitas médicas são seus maiores aliados. Eles precisam ser recentes e detalhar o CID (Classificação Internacional de Doenças), a data de início da incapacidade e, se possível, o tempo estimado de recuperação.



  • Para Pensão por Morte: O documento principal é a certidão de óbito do segurado. Junto a ela, você precisa comprovar seu vínculo com o falecido, usando a certidão de casamento/união estável ou a certidão de nascimento, no caso dos filhos.



  • Para Salário-Maternidade: A certidão de nascimento da criança é a prova final. Se o pedido for feito durante a gestação, um atestado médico com a data provável do parto já adianta o processo.


Juntar essa papelada com calma, antes mesmo de clicar em “novo pedido” no Meu INSS, é a jogada mais inteligente. Você evita a correria e a ansiedade de procurar um documento em cima da hora e garante que seu processo comece sem tropeços.

Decifrando seu CNIS e corrigindo pendências

Pense no seu histórico de contribuições para o INSS como um grande livro da sua vida profissional. Cada página registra um capítulo: um emprego com carteira assinada, um período como autônomo, um tempo como servidor público. O nome desse livro é Cadastro Nacional de Informações Sociais, ou simplesmente CNIS.

Pode parecer exagero, mas esse é o documento mais importante na hora de dar entrada no INSS. Um CNIS perfeito, sem erros ou buracos, é o caminho mais curto para ter seu benefício aprovado sem dor de cabeça. Do outro lado da moeda, um extrato com problemas é a causa número um de atrasos e negativas do INSS.

O primeiro passo, claro, é ter esse extrato em mãos. Dentro do portal ou aplicativo Meu INSS, essa é uma tarefa bem simples. O verdadeiro trabalho começa depois, na hora de analisar o que está ali. Se precisar de uma ajuda inicial, preparamos um guia sobre como baixar o CNIS pelo Meu INSS que mostra o caminho das pedras.

Entendendo o que o seu extrato diz

Quando você abre o CNIS pela primeira vez, vai ver uma lista de todos os seus vínculos de trabalho e contribuições. A primeira conferência é a mais óbvia: todos os lugares onde você trabalhou estão listados? As datas de início e fim batem com as anotações da sua Carteira de Trabalho?

O próximo passo é olhar com atenção para as remunerações. Os salários informados mês a mês estão corretos? É aqui que muitos erros se escondem, principalmente em vínculos mais antigos, e isso pode derrubar o valor do seu benefício lá na frente.

Por fim, procure pela coluna de “Indicadores”. O INSS usa siglas (pequenos códigos) para sinalizar pendências que precisam da sua atenção. Ignorar esses códigos é um erro que pode custar caro no seu processo.

Os problemas mais comuns e como se antecipar

A verdade é que um CNIS com alguma inconsistência é muito mais comum do que se imagina. As estatísticas mostram que algo entre 30% e 40% dos pedidos de aposentadoria chegam ao INSS com alguma divergência no cadastro. Isso vai desde vínculos que nunca apareceram, salários que a empresa não informou corretamente ou contribuições pagas por carnê (GPS) que o sistema simplesmente não reconheceu.

A regra de ouro: não espere o INSS encontrar o problema por você. Corrigir as pendências do seu CNIS antes de solicitar o benefício pode economizar meses, ou até anos, de espera.

A boa notícia é que você mesmo pode solicitar essa correção, tudo online pelo Meu INSS. O serviço se chama “Atualizar Vínculos e Remunerações”. Para te ajudar a identificar o que precisa ser arrumado, preparamos uma tabela com as siglas mais comuns.

Indicadores comuns no CNIS e como resolvê-los

Identifique as siglas mais frequentes no seu extrato do CNIS e saiba quais documentos apresentar para solicitar a correção.

Indicador (Sigla)O Que SignificaDocumentos para Correção
PREM-EXTRemuneração ExtemporâneaO empregador informou seu salário fora do prazo. Você precisa provar que recebeu aquele valor. Use contracheques, extrato do FGTS ou a ficha de registro de empregado.
PEXTPendência de Vínculo ExtemporâneoTodo o seu vínculo de trabalho foi informado fora do prazo pelo empregador. A Carteira de Trabalho (CTPS) é a principal prova aqui.
AEXT-VIAcerto de Vínculo Extemporâneo IndeferidoJá houve uma tentativa de validar esse período, mas foi negada. Você precisará apresentar novas provas, mais robustas, para reverter a decisão.
PREC-MENOR-MINRecolhimento Abaixo do MínimoA contribuição de um mês foi feita sobre um valor menor que o salário mínimo da época. Você precisa complementar a contribuição, agrupar com outros meses ou usar o excedente de outro recolhimento.

Entender o que cada sigla significa é o primeiro passo para reunir os documentos certos e deixar seu cadastro pronto para o pedido de benefício.

Documentos que salvam seu direito

Para cada tipo de erro no CNIS, existe um documento ou um conjunto de provas que o INSS aceita para fazer a correção. A lógica é simples: você precisa de papéis da época para validar o que está dizendo hoje.

Veja alguns exemplos práticos do que você pode usar para arrumar a casa:

  • Para provar um vínculo de trabalho que não aparece:

    • Carteira de Trabalho (CTPS): É a prova mais forte, com as anotações de admissão e demissão.

    • Extrato analítico do FGTS: Mostra todos os depósitos que a empresa fez na sua conta.

    • Contrato de trabalho original: O documento formal que deu início à relação de emprego.

  • Para corrigir salários errados ou ausentes:

    • Contracheques ou holerites da época: Comprovam exatamente quanto você recebeu em cada mês.

    • Ficha de registro de empregado: Documento interno da empresa que detalha seu histórico salarial.

  • Para validar contribuições como autônomo (contribuinte individual):

    • Carnês de pagamento (GPS): Os comprovantes físicos do recolhimento são essenciais.

    • Declaração de Imposto de Renda: Pode ajudar a indicar a renda sobre a qual você deveria ter contribuído.

Organizar essa documentação e solicitar o acerto antes mesmo de pedir a aposentadoria é a atitude mais inteligente que você pode tomar. Ao fazer isso, você entrega ao INSS um histórico limpo e já validado, o que aumenta (e muito!) as chances de uma análise rápida e uma aprovação sem surpresas desagradáveis.

Navegando no Meu INSS para fazer seu pedido

Com o CNIS em ordem e a papelada na mão, o caminho para dar entrada no seu benefício fica muito mais claro. Agora é a hora de acessar o portal Meu INSS e transformar toda essa preparação em uma solicitação oficial. Pode parecer complicado, mas vou te mostrar que, com o roteiro certo, o processo é bem mais tranquilo do que se imagina.

Pense neste guia como um GPS. Vou te acompanhar em cada tela, desde o login até a confirmação do envio, para que você não tenha dúvidas sobre o que fazer.

O ponto de partida para sua solicitação

Assim que você entra no Meu INSS com sua conta Gov.br, a tela inicial oferece um mar de opções. O seu alvo é o botão “Novo Pedido”. Ele costuma estar bem visível, então não tem erro. Ao clicar, uma lista completa de benefícios e serviços do INSS vai aparecer.

É aqui que a atenção faz toda a diferença. A lista é longa, indo de aposentadorias a certidões. Para não se perder, use a barra de busca. Se o seu objetivo é a aposentadoria por idade, por exemplo, basta digitar “aposentadoria por idade” para que o sistema filtre e mostre a opção correta. O mesmo vale para um auxílio-doença ou qualquer outro benefício.

Preenchendo os formulários com precisão

Depois de escolher o benefício, o sistema vai te guiar por uma série de perguntas. O objetivo é confirmar seus dados pessoais, informações de contato e detalhes específicos sobre o que você está pedindo. Responda com calma. A boa notícia é que muita coisa já vem preenchida com base no seu cadastro; seu trabalho será mais de conferir do que de digitar tudo do zero.

Um passo crucial é quando o sistema pergunta se você aceita acompanhar o andamento pelo próprio Meu INSS, pela central 135 ou por e-mail. Diga “sim”. Isso é fundamental para receber notificações importantes, como um pedido de documentos extras (a famosa “exigência”), e não perder nenhum prazo.

Se você ainda não tem ou não usa o portal, nosso guia sobre como realizar o cadastro no Meu INSS pode te ajudar a começar.

O infográfico abaixo mostra exatamente o fluxo de preparação do seu CNIS, que é a espinha dorsal do seu pedido.

Fluxograma do Processo CNIS detalhando 3 etapas: Baixar Extrato, Analisar Erros e Corrigir Vínculos.

Seguir essas três etapas – baixar, analisar e corrigir seu extrato – antes de fazer o pedido aumenta drasticamente as chances de uma análise mais rápida e sem dor de cabeça.

A etapa decisiva de anexar os documentos

Agora chegamos ao momento que, por experiência, sei que causa a maioria dos erros e atrasos: o envio dos documentos digitalizados. É aqui que você vai anexar todas as provas que separou.

Fique atento a este detalhe: O INSS tem regras bem específicas para os arquivos. Eles devem estar em formato PDF, cada arquivo pode ter no máximo 5 MB, e a soma de todos os anexos não pode passar de 50 MB.

Isso significa que não adianta só tirar fotos com o celular e mandar de qualquer jeito. O ideal é usar um aplicativo de scanner (como o CamScanner ou Adobe Scan), que transforma as imagens em um único arquivo PDF, geralmente já otimizando o tamanho.

Para facilitar o trabalho de quem vai analisar seu processo (e acelerar sua vida!), organize os documentos de forma lógica.

  • Documentos Pessoais: Crie um PDF único com seu RG, CPF e um comprovante de residência recente.

  • Carteiras de Trabalho: Digitalize todas as páginas de uma CTPS em um só arquivo. Se tiver mais de uma, faça um arquivo para cada uma delas.

  • Comprovantes de Contribuição: Agrupe os carnês (GPS) por ano em arquivos separados para não virar bagunça.

  • Provas Adicionais: Laudos médicos, contratos, certidões… cada tipo de documento em seu próprio arquivo PDF.


Nomeie cada arquivo de maneira clara. Por exemplo, “RG_CPF_ComprovResidencia.pdf” ou “CTPS_1_Azul.pdf”. Essa organização não é frescura, ela ajuda o servidor a encontrar o que precisa rapidamente e evita que seu pedido caia em exigência por falta de clareza.

Depois de anexar tudo, o sistema vai te mostrar um resumo completo do pedido. Leia cada informação pela última vez. Se estiver tudo certo, clique em “Avançar” e, em seguida, em “Concluir”. Pronto! O sistema vai gerar um comprovante com um número de protocolo. Guarde esse número como se fosse ouro, pois ele é a identidade do seu processo.

Pronto, você enviou seu pedido. O protocolo foi gerado e agora a ansiedade começa a bater. E agora? Entender o que acontece nos bastidores do INSS não só acalma os nervos, mas também te coloca no controle da situação.

A partir de agora, seu papel muda. Você deixa de ser apenas quem pede o benefício para se tornar quem fiscaliza o andamento do processo. Sua principal ferramenta para isso será a opção “Consultar Pedidos”, que fica logo na tela inicial do Meu INSS. É por ali que você vai acompanhar cada passo, quase como se estivesse olhando por cima do ombro do servidor.

Decifrando os status do seu pedido

Quando você clica para consultar seu requerimento, vai notar que ele passa por diferentes fases. Não são nomes aleatórios; cada um deles te diz exatamente o que está acontecendo do outro lado.

  • Em Análise: Esse é o ponto de partida. Significa que o INSS recebeu tudo e seu pedido está na fila, aguardando a vez de ser avaliado. Aqui, não há o que fazer, é só aguardar mesmo.

  • Concluído: A análise terminou. Logo abaixo, você verá o resultado, que pode ser “Deferido” (boa notícia, seu benefício foi aprovado!) ou “Indeferido” (negado).

  • Exigência: Esse aqui é o que merece sua atenção total. É um sinal de que o INSS precisa de mais alguma informação ou documento para poder decidir. Ignore este status por sua conta e risco.

Crie o hábito de checar seu pedido pelo menos uma vez por semana. Deixar passar o prazo de uma exigência pode fazer com que seu processo seja simplesmente arquivado, e aí, infelizmente, você terá que começar tudo de novo.

A temida carta de exigência e como agir

Receber uma notificação de “Cumprimento de Exigência” pode parecer um problema, mas encare como uma chance de ouro para fortalecer seu pedido. Na prática, o INSS está te dizendo: “Estou quase lá, só preciso que você me ajude com mais isso aqui”.

A exigência pode ser algo simples, como um documento que ficou ilegível, ou algo mais complexo, como uma prova extra para um período de trabalho antigo. Você terá um prazo, que geralmente é de 30 dias corridos, para enviar o que foi solicitado. O envio é feito ali mesmo pelo Meu INSS, procurando a opção “Cumprir Exigência” dentro do seu processo.

Minha recomendação de ouro: não deixe para a última hora. Assim que vir a notificação, leia com calma, entenda exatamente o que estão pedindo e corra atrás do documento. Se pedirem algo que você não tem como conseguir, não ignore! Responda mesmo assim, explique o motivo e, se possível, ofereça um documento alternativo que comprove a mesma coisa. O pior que você pode fazer é ficar em silêncio.

Os prazos legais do INSS e o que fazer se eles não forem cumpridos

Grande parte da angústia da espera vem da falta de informação. Afinal, quanto tempo o INSS tem para dar uma resposta? Sim, existe um prazo legal para isso.

Após um acordo firmado com o Ministério Público Federal, os prazos que o INSS deve seguir variam bastante dependendo do que você pediu:

Tipo de BenefícioPrazo Legal para Análise
Salário-maternidade30 dias
Aposentadorias (exceto por incapacidade)90 dias
Pensão por morte60 dias
Auxílio por incapacidade temporária45 dias
Benefício de Prestação Continuada (BPC)90 dias

E se o prazo estourar? Se o INSS não der uma resposta no tempo previsto, você não precisa ficar de braços cruzados. O primeiro passo, e mais simples, é registrar uma reclamação na Ouvidoria do INSS. Você pode fazer isso pelo site ou ligando para o telefone 135.

Se nem a Ouvidoria resolver, o caminho é uma medida mais firme: o Mandado de Segurança. Calma, não é um bicho de sete cabeças. É uma ação judicial rápida que não entra no mérito se você tem direito ou não ao benefício, mas que obriga o INSS a cumprir a lei e, finalmente, dar uma resposta ao seu pedido.

E se o INSS negar o seu pedido? Calma, o jogo ainda não acabou.

Receber um “não” do INSS depois de toda a espera e da correria para juntar documentos é frustrante, para dizer o mínimo. É um verdadeiro balde de água fria. Mas, respire fundo. Uma negativa não é o fim da linha, e sim o começo de uma nova etapa.

A primeira coisa, antes de tomar qualquer atitude, é entender exatamente por que seu pedido foi negado. O INSS é obrigado a justificar a decisão. Essa explicação está em um documento oficial, a “Comunicação de Decisão”.

Você encontra esse arquivo lá no portal Meu INSS, dentro da opção “Consultar Pedidos”. Baixe o documento e leia cada linha com muita atenção. Ali estará o motivo: faltou tempo de contribuição? A perícia não viu incapacidade? Faltou comprovar a qualidade de segurado? Entender o porquê é o que vai definir sua estratégia daqui para frente.

O primeiro caminho: o recurso dentro do próprio INSS

Sabendo o motivo da negativa, você tem basicamente duas rotas para contestar. A primeira é interna, dentro do próprio INSS: o recurso administrativo. Na prática, você pede para que uma outra instância, o Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS), reavalie a decisão inicial.

Fique de olho no prazo: você tem 30 dias corridos, contados a partir do dia em que soube da decisão, para fazer isso. Não deixe passar! O processo é todo online, pelo Meu INSS, na opção “Recurso e Revisão”.

Na hora de escrever suas razões, seja cirúrgico. Dizer apenas “não concordo” não adianta nada. Você precisa atacar o ponto central da negativa.

  • Problema foi tempo de contribuição? Indique o período que o INSS ignorou e anexe as provas, como uma cópia da Carteira de Trabalho, extrato do FGTS ou um termo de rescisão.

  • Perícia negou a incapacidade? É hora de buscar novos laudos médicos. Peça ao seu médico um relatório mais detalhado, junte exames recentes que deixem clara a sua condição e como ela impede você de trabalhar.

O segredo de um bom recurso é apresentar fatos novos. Você está construindo um novo argumento para convencer a junta de que a primeira análise foi equivocada. Simplesmente reenviar os mesmos documentos que já foram negados raramente dá resultado.

Quando a melhor opção é levar o caso para a Justiça

A segunda rota é a ação judicial. Aqui, você sai da esfera administrativa e leva a discussão para um juiz decidir. A grande dúvida de muita gente é: faço o recurso ou vou direto para a justiça? A resposta, como quase tudo no direito, é: depende.

Ir para a justiça costuma ser o melhor caminho quando:

  • A negativa envolve interpretação da lei: Às vezes, o INSS segue uma norma interna que os juízes já entendem de outra forma, mais favorável ao segurado.

  • Você precisa de provas mais robustas: Na justiça, o leque se abre. O juiz pode determinar uma nova perícia, dessa vez com um médico especialista na sua doença, ou ouvir testemunhas para comprovar um tempo de trabalho rural, por exemplo.

  • O INSS costuma negar casos como o seu: Para certas discussões, como o reconhecimento de tempo especial por periculosidade para vigilantes, a chance de ganhar no INSS é mínima. Nesses casos, a ação judicial é um caminho mais direto e com mais chances de sucesso.

Um ponto importante: você não é obrigado a entrar com o recurso administrativo antes de processar o INSS. No entanto, em algumas situações, pode ser uma tática inteligente para entender melhor os argumentos do INSS e já “preparar o terreno” para a discussão judicial.

A escolha entre o recurso e a ação é puramente estratégica. Analise a sua “Comunicação de Decisão”, a força das suas provas e a complexidade do seu direito. É nesse momento que a orientação de um advogado previdenciário faz toda a diferença. Ele saberá indicar o caminho com as maiores chances de vitória para o seu caso específico.


Um benefício negado não é uma porta fechada. É um convite para lutar pelo seu direito de forma mais inteligente e bem preparada. A equipe da Sousa Advogados é especialista em reverter decisões do INSS, tanto na via administrativa quanto na judicial. Se você recebeu um não e não sabe o que fazer, fale conosco e descubra como podemos ajudar você a conquistar seu benefício.

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